MUDE A ESTAÇÃO

Assim como há flores em todas as estações, também há loucuras em todas as idades...”

O tempo nos ensina pacientemente que a Vida é um eterno ciclo de estações. Há tempos bons, tempos ruins, tempos de refletir e comer brigadeiro... Há tempo para tudo na Vida, mas realmente há tempo para tudo que desejamos fazer?

Tenho em mim um hábito que adquiri como resultado dos tropeços que tive em minha existência nesse planeta... Fui curando todas as feridas, uma a uma, até me olhar no espelho e perceber que da janela da minha alma, não há mais algo dolorido que devo dar atenção... Enfim descobri a fonte da imunidade para todo o mal que há em volta de nós.... A fonte? Simplesmente mudei a estação.

Troquei livros velhos do peito por outros novos, e tal qual uma roupa suja, lavei da alma tudo que nada mais somava ao meu mundo, segui em frente e como resultado um novo horizonte de possibilidades surgiu diante dos meus olhos. Seguindo esse farol da felicidade eu levo meus dias, passo a passo, um de cada vez, degustando pacientemente cada sublime momento que posso gozar agora, e que orgasmos estou tendo ultimamente!

Ao longo dessa jornada descobri também que podemos ser, cada um de nós, sementes nessa Vida capazes de transformar, transmutar e porque não proporcionar um novo recomeço a muitas pessoas? Basta querer, e chega a ser simples, quase bobo de tão fácil... Comecemos com sorrisos, abraços, um bom dia, um aperto de mão, uma carta, ou simplesmente um “olá”... Nossa alma não precisa de remédios, muito menos de roupas de marca ou o celular de última geração para sorrir... O que faz nosso peito se encher de luz é afeto, amor, atenção e calor humano!

Por isso, em vez de ficarmos preso a uma vida condicionada a lamentos, frustrações e angústias, por que não começar a mudar a estação? Talvez seja apenas preciso deixar as flores brotarem no peito, sentir o calor do sol beijar a face e nos despertar para um mundo cheio de possibilidades diante de nós... É bem verdade que dias frios naturalmente deixam nossa alma mais calma, até tímida e retraída, mas lembre-se que assim como há flores, calor e frio em todas as estações, também há loucuras em todas as idades.

* Victor Matheus